sábado, 24 de setembro de 2011

A Importância de Lavar as Mãos

Modalidade / Nível de Ensino
Componente Curricular
Tema
Ensino Fundamental Inicial
Ciências Naturais
Ser humano e saúde
Ensino Fundamental Inicial
Ciências Naturais
Recursos tecnológicos

Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula
• Saber da existência de microrganismos em diferentes ambientes;
• Entender que microrganismos causadores de doenças desenvolvem em ambientes não higienizados;
• Perceber a importância de lavar as mãos e de outros hábitos de higiene.
Duração das atividades
1h/a para introduzir o tema e montar o experimento/25 min. durante 1 semana - observação e registro
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
Noções elementares sobre a existência de microrganismos causadores de doenças.
Estratégias e recursos da aula
Comece a aula perguntando aos alunos se eles têm o habito de lavar as mãos em diferentes situações e por que é necessário este hábito. Os alunos poderão responder que é importante tirar os “germes” ou “micróbios” ou “bactérias” das nossas mãos, pois eles podem nos trazer doenças.
Então, pergunte aos alunos o que são esses organismos. Anote as respostas no quadro e apresente o texto abaixo:

Por que temos que tomar banho?
Saiba que a responsável por essa exigência é a sua pele

Chegou a hora de saber por que você, que faz de tudo para se manter limpinho, é obrigado a tomar todos os dias aquela boa chuveirada. A responsável por essa exigência, anote, não é a sua mãe, é a sua pele, a barreira natural à entrada de microrganismo no corpo.
Há na pele as células que formam a epiderme (a camada mais externa da pele, essa que tocamos), que é como um tecido mesmo, como o de nossas roupas. Sobre as células da epiderme há uma camada de queratina, uma proteína que não deixa passar água para o lado de dentro. Além disto, ainda temos os poros – os pequeninos orifícios por onde sai o suor – e as glândulas sebáceas, que acompanham os pêlos que recobrem toda a superfície do corpo, exceto a palma da mão e a sola dos pés. Todos os dias nossa pele é renovada, mandando embora algumas células mortas misturadas com queratina e formando um tecido novinho em folha.
Uma coisa que nem todo mundo sabe é que sobre a nossa pele e mucosas – mucosa é a pele fininha e úmida, como a da boca e a do interior do nariz – existem bactérias chamadas comensais, isto é, bactérias que convivem conosco sem necessariamente causarem doença. Elas têm uma função importante: não permitir que outros microorganismos mais perigosos à saúde se estabeleçam na pele e mucosas. Se as comensais não estiverem presentes em número adequado, o equilíbrio entre a proteção e agressão é rompido e podemos adoecer.
Se deixarmos que os resíduos naturais da pele se acumulem (suor, sebo, células mortas), as bactérias comensais podem se multiplicar de forma descontrolada e danificar a pele, além de abrir espaço para outras bactérias mais nocivas. Desta forma, abrem-se feridas na nossa pele, permitindo a entrada de microorganismos indesejados em nosso corpo.
Logo, tomar banho não é só para ficar cheiroso. Mas se você estiver cheirando mal significa que muitas bactérias e restos de pele se acumularam. A saída é procurar o chuveiro mais próximo.
Quando tomamos banho, removemos os resíduos naturais acumulados e o equilíbrio entre as comensais e a pele é mantido. Mas, cuidado! O banho em excesso pode matar as bactérias comensais, e isso não é nada bom. Lembre-se que as comensais são importantes na defesa contra outros microorganismos, mas elas mesmas podem causar doenças quando em número excessivo. Basta um pouco de sabonete comum e água para limparmos a pele e mantermos as bactérias que nos protegem no número certo. E aí, está precisando de uma chuveirada?!
Mãos à água! 
Elas entram em contato com muitas coisas e podem levar microorganismos nocivos para a boca, os olhos e outras partes do corpo. Por isso, as mãos pedem atenção especial. Devem ser lavadas antes das refeições, depois de ir ao banheiro e sempre que tiverem contato com sujeira. A pele da palma das mãos é diferente do restante do corpo, e pode ser lavada mais vezes.

Fonte: Revista Ciencia Hoje das Crianças 176 – janeiro/fevereiro 2007 / Disponível em http://http://cienciahoje.uol.com.br/66585 (acesso 12/10/2009)

Discuta o texto com os alunos. É importante que eles percebam que a pele é a primeira barreira que nós temos como proteção e que boca, olhos, nariz e machucados são portas de entrada para microorganismos.
Como a maioria dos microorganismos é invisível a olho nu, a atividade a seguir propõe uma forma de visu alizá-los sem a necessidade de um microscópio, visualizando suas colônias e utilizando recursos alternativos.
Parte prática - Microorganismos em nossas mãos
Objetivo: observar os microorganismos que estão em nossas mãos e avaliar se lavamos as mãos corretamente.
Material para meio de cultura alternativo 1
1 tablete de caldo de carte
2% de ágar-ágar comercial (5 g - 3 colheres de café) ou 1,5% de ágar bacteriológico (3,75g - 3 colheres de café). O ágar-ágar comercial é vendido em lojas de produtos japoneses.
-250 mL de água

Material para o meio de cultura alternativo 2
1 pacote de gelatina incolor
1 xícara de caldo de carne (ou 1 a 2 tabletes de caldo em caixinha)
1 copo de água
Modo de fazer (para os dois meios de cultura): ferva a água e dissolva o tablete de caldo de carne e o ágar-ágar/gelatina na água fervida. Distribua o meio em placas de Petri/potes esterilizados, perto da chama do bico de gás ou lamparina para evitar a contaminação pelo ar. Espere o meio de cultura se solidificar. Se quiser guardá-lo, coloque as placas/potes em um saco plástico e guarde em geladeira. No caso do meio de cultura de gelatina, teste essa receita antes de aplicá-la em sala de aula para saber se será necessário modificar a quantidade de água. O ideal é que a gelatina não derreta mesmo na temperatura ambiente.
ATENÇÃO: os meios de cultura apresentados não foram esterilizados, e mesmo com o calor da fervura da água é possível que apresentem contaminação. Caso isso aconteça, descarte-o para o experimento.
Material para o experimento: 
5 placas de petri (ou potes de margarina bem limpos), com o meio de cultura já endurecido cobrindo o fundo.
Plástico para alimentos (filme plástico)
Sabonete

Procedimento
Divida as crianças em cinco grupos e peça para que cada grupo escolha um aluno. Com uma caneta de retroprojetor, risque a placa, ou pote dividindo-os em duas partes, pelo lado de fora e escreva “sujo” e “limpo” em cada lado.
O aluno escolhido pelo grupo deverá pressionar o polegar em cima do meio de cultura no lado sujo primeiro. Depois de lavar as mãos com sabonete, deverá pressionar novamente o mesmo dedo no lado limpo.
 OBS: É importante que entre as duas etapas a placa/pote fique fechada, sendo aberto apenas para o aluno pressionar o dedo. Isso diminuirá a contaminação do meio por microorganismos externos.
Após pressionar com o dedo limpo, a placa de petri/pote deverá ser fechada e deixada à temperatura ambiente. Após três dias já se pode observar alterações.
Anote com os alunos as previsões deles. Haverá ainda microorganismos depois de lavar as mãos? Haverá uma diminuição de microorganismos?
Desenhe o que foi observado no experimento a cada observação realizada registrando a data:
O que aconteceu? Compare os resultados das observações com as previsões feitas.
Conclusão: Ao final do experimento registre as conclusões da turma.
Professor, ao analisar as placas de petri é importante ressaltar que serão vistos colônias de fungos e bactérias, e não os indivíduos propriamente ditos. Para ver a diversidade, observe as colônias com eles, veja se algumas têm cores, formas e tamanhos diferentes, pois isso caracteriza microorganismos diferentes (por exemplo: uma colônia branca de 2mm e uma colônia branca de 0,5mm caracterizam microorganismos diferentes). Bactérias geralmente formam colônias circulares, ou com aspecto de creme (sem forma definida) e os fungos muitas vezes formam esporos e tem colônias mais desorganizadas(exceto leveduras, que formam colônias circulares como a de muitas bactérias). Isso não é uma regra, mas ajuda a separar a maioria das colônias. Além disso, o crescimento das bactérias é favorecido em temperaturas acima de 30 graus Celsius (estufas) enquanto os fungos se desenvolvem bem na temperatura ambiente (15 a 25 graus Celsius).
Anote com as crianças os resultados obtidos, verifique se a lavagem das mãos foi adequada. O resultado esperado é que haja uma diminuição na diversidade de colônias com a mão lavada, o que não significa que não haverá colônias, pois os microorganismos que estavam mais externos (microbiota transitória) foram removidos, mas os que ficam mais próximos de nós permanecem e são eles nossa microbiota local. Retome o texto com as crianças, lembrando que temos microorganismos que vivem na nossa pele e que eles são importantes para nosso sistema de defesa.
Recursos Complementares
O texto “Micróbios parceiros da Saúde” (revista ciência hoje das crianças 141 – novembro 2003 – disponível em http://http://cienciahoje.uol.com.br/1925 - acesso 12/10/2009) fala sobre a ubiquidade dos microorganismos e sobre os microorganismos que vivem no nosso corpo, auxiliando no funcionamento e na defesa dele.
Avaliação
Avalie os roteiros de aula prática, se os alunos conseguiram compreender a aula e chegar à conclusão que a lavagem correta das mãos diminui a variedade de microorganismos.
Como atividade avaliativa, organize-os em grupos e peça para que eles montem cartazes incentivando e explicando por que tomar banhos e lavar as mãos. Eles deverão ressaltar a importância de retirarmos os microorganismos que podem nos causar doenças, mas também informar que temos microorganismos que vivem em nosso corpo e que nos ajuda a protegê-lo. Se quiser, fotografe as placas de petri para que eles usem as fotos nos cartazes. Eles deverão apresentar os cartazes para a turma e, se possível, para outras turmas. É interessante os cartazes ficarem expostos no mural da escola.

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