quarta-feira, 20 de julho de 2011

Ararinha azul

Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Psittaciformes
Família: Psittacidae
Gênero: Cyanopsitta
Espécie: Cyanopsitta spixii 
A ararinha Cyanopsitta spixii, ou ararinha azul, é uma ave endêmica da caatinga, ocorrendo do extremo norte da Bahia ao sul do Rio São Francisco, na região de Juazeiro. Ela possui coloração de tonalidade azul, e presença de uma faixa cinza que se estende da região superior de seu negro e curto bico até os olhos - destacando a cor amarela da íris.  Não há dimorfismo sexual nítido, ou seja: fêmeas e machos são semelhantes.
Sementes de buriti, pinhão e frutos em geral fazem parte de sua dieta. indivíduos de cativeiro também se alimentam de ração comercial para psitacídeos e suplementação mineral e polivitamínica.
Em razão de sua exuberância, se tornou alvo frequente do tráfico internacional de animais. Este fator, aliado também à invasão de seus ninhos por abelhas africanas, matando fêmeas e filhotes, e, principalmente, à perda de hábitats; permitiu que esta espécie  provavelmente se encontre, naatualidade, extinta da natureza. Isso porque o último exemplar em liberdade foi visto pela última vez em 2002, quando desapareceu sem deixar rastros. Como existem possíveis hábitats para a ocorrência dessa espécie, a IUCN considera essa espécie, até segunda ordem, como criticamente ameaçada.

Esse indivíduo em questão, um macho de aproximadamente vinte anos de idade, era vigiado por cientistas e voluntários na cidade de Curaçá - BA. Durante oito anos, teve uma fêmea de maracanã como parceira sem, no entanto, dar origem a ovos viáveis. Mais tarde, tentativas de aproximação entre ele e uma fêmea de cativeiro de sua espécie foram em vão, já que são monogâmicos, e este já considerava a outra como sua parceira.

Assim, a arara spixii só pode é vista em cativeiros, sendo sua reprodução nestes locais um evento bastante raro. Quando ocorre, fêmeas colocam aproximadamente três ovos para cada ninhada, depositando-os em ninhos de madeira, e não em ocos de árvores, como a caribeira (Tabebuia caraiba), tal como seus exemplares em liberdade faziam.
Por Mariana Araguaia
Graduada em Biologia
Equipe Brasil Escola


ÁLBUM DE FAMÍLIA
A ararinha-azul foi encontrada e coletada pela primeira vez por Johan Baptist von Spix, em 1819, em Juazeiro, BA.
No período entre 1985 e 1988, o ornitólogo suíço Paul Roth, percorreu extensivamente os principais pontos onde havia informações de ocorrência da espécie, nos estados de Tocantins, Maranhão, Piauí, Pernambuco e Bahia e efetivamente localizou a espécie na natureza. Em 1986, Roth encontrou três exemplares selvagens no Município de Curaçá – BA.
Durante a estação reprodutiva de 1986/1987, o casal remanescente de ararinhas estabeleceu ninho, e os filhotes foram retirados por traficantes, e ainda em 1987 um dos três exemplares adultos desapareceu. Na estação reprodutiva de 1987/1988, o casal reprodutor estabeleceu ninho, mas a fêmea foi capturada por traficantes enquanto incubava os ovos, restando um único exemplar.
Em 1990, uma expedição organizada por L. C. Marigo e Francisco Pontual, com o apoio do ICBP recorreu os principais pontos de informações anteriores sobre a ocorrência de Cyanopsitta spixii, e localizou o último indivíduo em Curaçá, no mesmo ponto investigado por Paul Roth.
Durante os oito anos do PROJETO ARARINHA-AZUL, foram realizadas inúmeras expedições de busca a populações remanescentes desta espécie, sempre com resultado negativo. Foram checadas tanto áreas que apresentam hábitat semelhante ao de Curaçá quanto locais em que haviam informações da provável presença da ararinha azul, mas até agora, o único exemplar selvagem encontrado é o de Curaçá.
Como ararinhas-azuis não possuem nenhuma diferença externa, para a determinação segura do sexo, foi extraído material genético (DNA) das penas velhas do exemplar selvagem que caíam durante a muda e que nós encontrávamos pelo chão enquanto estávamos pesquisando no campo. Os exames foram feitos em um laboratório na Universidade de Oxford, Inglaterra, e confirmaram o que nós já imaginávamos pelo comportamento: o exemplar selvagem é realmente um macho.
COMO VIVE A ARARINHA
A ararinha-azul está associada aos riachos intermitentes existentes na caatinga, onde estão localizadas as árvores mais altas. Alimenta-se tanto nas árvores quanto nas várzeas associadas aos riachos.
A ararinha alimenta-se basicamente de sementes. Seus principais ítens alimentares são:
Pinhão – (Jatropha mollissima) – principal ítem alimentar, pode ser encontrado concentrado em manchas nas várzeas ou também na caatinga.
Favela – (Cnidoscolus phylacanthus) – planta também abundante nas várzeas e na caatinga.
Baraúna – (Schinopsis brasiliensis) – árvore presente principalmente próxima a riachos, que produz grande quantidade de vagens, das quais a arara se alimenta.
Caraibeira – (Tabebuia caraiba) – Presente somente ao longo dos riachos da caatinga, também produz grande quantidade de vagens, utilizadas pela ararinha.
UM CASAL DIFERENTE
Clique na imagem para ampliá-la
A ararinha-azul está pareada, desde que seu par foi capturado, com uma maracanã, ave da mesma família, de tamanho um pouco menor e coloração predominantemente verde. Durante as estações reprodutivas, que coincidem com a época das chuvas (geralmente novembro à março), este par híbrido estabelece ninhos, geralmente em caraibeiras, em ocos abandonados de pica-paus.
Após o estabelecimento do ninho, a maracanã chega a botar ovos, mas não há indícios de que estes seriam viáveis.

ARARINHA AZUL
Ameaçado
NOME COMUM: Ararinha Azul
NOME CIENTÍFICO: Cyanopsitta spixii (cyano = azul escuro; psitta = psitacídeo)
NOME EM INGLÊS: Spix's macaw
NOME EM ESPANHOL: Guacamayo Spixii
NOME EM ITALIANO: Ara di spix
FILO: Chordata
CLASSE: Aves
ORDEM: Psittaciformes
FAM;ILIA: Psittacidae
COMPRIMENTO: de 27 a 56 cm
COMPRIMENTO DA CAUDA: 35 cm
COR: Azul
PESO: por volta de 350g.
REPRODUÇÃO: Sua postura é de 3 a 4 ovos, e a maturidade sexual observada em aves cativas - é de 4 a 5 anos.
OVOS: Seus ovos, medem aproximadamente 35 mm de diâmetro.
ALIMENTAÇÃO: sementes das caraibeiras (T. caraiba), de pinhão (Jatropha mollissima), faveleira (Cnidoscolus phyllacanthus) e de baraúna (Schinopsis brasiliensis). Em cativeiro é composta de grãos, frutas diversas, ração comercial para psitacídeos, suplementação mineral e polivitamínica.
CAUSAS DA EXTINÇÃO: Esta espécie foi desaparencendo e sua população, que já era restrita desapareceu. Isso devido à captura para o tráfico de animais para servir como ave ornamental ou de estimação e também a destruição de seu habitat original.

Considerada extinta pelo IBAMA, em julho de 2002, é a Arara mais rara do mundo! O último exemplar selvagem conhecido dessa espécie e que habitava a região de Curaçá, no sertão da Bahia, desapareceu em outubro de 2000. Este macho de tão solitário (pois sua espécie é gregária, vivendo em grupos) acabou acasalando com uma fêmea de Maracanã (Ara maracana), que também vive no mesmo habitat. Logicamente, mesmo com o casal tentando reproduzir, não houve filhotes.
A Ararinha Azul vivia no extremo norte da Bahia ao sul do Rio São Francisco, na Caatinga, onde ocorrem caraibeiras, pinhões e faveleiras (plantas que ela utilizava). De hábitos sociais selvagens pouco conhecidos, faz seus ninhos em caraibeiras (Tabebuia caraiba), substituídos em cativeiro pelos ninhos demadeira. Atualmente (2002), existem apenas 60 exemplares em cativerio no mundo, o Brasil detém a propriedade de apenas oito. As demais estão em poder de mantenedores que integravam o grupo e de colecionadores particulares estrangeiros.
Como se pode ver pela foto, esta Arara é também única na sua aparência. O azul é de um tom diferente. chegando em algumas penas a tornar-se cinzento, cores menos apelativas do que a maioria das Araras que conhecemos. O bico é menor em relação as outras espécies e tem uma particularidade única, tem uma parte de pele nua de cor cinzento escura que vai desde a parte superior do bico até ao olho, esta parte cinzenta deixa sobressair a cor amarela da íris do olho.
É uma ave muito dificil de procriar em cativeiro. Mesmo antes de se encontrar em extinção, foram poucos os registos de criações com grandes sucessos.
Nome popular: Ararinha azul
Nome científicoCyanopsitta spixii.
Comprimento: 55 a 57 cm.
Peso: 296 a 400 g.
Coloração: inteiramente azul, sendo que na cabeça o tom é um pouco mais pálido e nas asas o tom é mais escuro.

Distribuição Geográfica
: Curaçá, cidade ao norte da Bahia.

Habitat
: Mata de galeria da caatinga onde predomina a caraíba (Tabebuia caraíba).

Alimentação
: Sementes de Jatropha sp, Cnidoscolus sp; e frutos de Ziziphus sp eMaytennus sp.

Status
: Considerada EXTINTA na natureza (CITES I). O último exemplar desapareceu em 2000, restando pouco mais de 60 indivíduos criados em cativeiro, sendo a maioria fora do Brasil. Existe um grupo de estudo com esforços internacionais para recuperação da espécie, coordenado pelo IBAMA. Os efeitos positivos do real envolvimento da população local, promovido pelo Projeto Ararinha Azul em Curaça na Bahia (www.ararinha-azul.vila.bol.com.br) ainda são efetivos e ao mesmo tempo que se busca o aumento da população em cativeiro, se conserva o habitat específico, visando futuras reintroduções.

Ararinha Azul (**) espécie extinta na natureza
Nome científico: Cyanopsitta spixii
Quanto mede: de 27 a 56 cm
Onde vive: vivia no extremo norte da Bahia ao sul do Rio São Francisco, na Caatinga
Filhotes: de 3 a 4 ovos
Considerada extinta pelo IBAMA, em julho de 2002, é a arara mais rara do mundo! O último exemplar selvagem conhecido dessa espécie e que habitava a região de Curaçá, no sertão da Bahia, desapareceu em outubro de 2000. Este macho de tão solitário (pois sua espécie é gregária, vivendo em grupos) acabou acasalando com uma fêmea de Maracanã (Ara maracana), que também vive no mesmo habitat. Logicamente, mesmo com o casal tentando reproduzir, não houve Filhotes. Existem ainda cerca de 60 exemplares espalhados em cativeiros pelo mundo. Essa espécie foi desaparecendo e sua população, que já era restrita, se extinguiu, devido ao tráfico de animais que a capturava para vendê-la como ave ornamental ou de estimação. A destruição de seu habitat original contribuiu também para o seu desaparecimento. Essa arara é também única na sua aparência. O azul é de um tom diferente, chegando em algumas penas a tornar-se cinzento, cores menos apelativas do que a maioria das araras que conhecemos. O bico é menor em relação às outras espécies e tem uma outra particularidade, possui um pedaço de pele nua de penas de cor cinzento escuro que vai desde a parte superior do bico até o olho, essa parte cinzenta deixa sobressair a cor amarela da íris do olho.Alimenta-se de sementes das caraibeiras, de pinhão, faveleira e de baraúna.



Nenhum comentário:

Postar um comentário